quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Meu filho tem mau comportamento, o que eu posso fazer?


Sabemos que atualmente muitas crianças desenvolvem padrões de mau comportamento que preocupam os pais e os educadores no cotidiano escolar. Algumas crianças tornam-se irritadas, furiosas, agressivas ou provocadoras. Enquanto que outras se tornam tímidas, retraídas, passivas, chorosas, ou medrosas. Nesse processo muitas crianças podem ainda desenvolver hábitos como roer unhas, morder, outras ainda podem ter pesadelos, falta de foco de atenção, ou TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.

O que os pais e os educadores podem fazer para reduzir e eliminar esses comportamentos que expressam excessiva timidez, medos, raiva ou a agressividade?
Quando uma criança está se comportando bem e se desenvolvendo de maneira adequada significa que suas necessidades estão sendo atendidas. Quando a criança não está tendo suas necessidades atendidas, sofre a frustração o que gera o seu mau comportamento, pois, normalmente a criança não consegue tolerar ser contrariada. Não aceita um não, não ter seus desejos prontamente atendidos.

Os pais podem prevenir ou diminuir o mau comportamento usando as habilidades de diagnóstico. Isto significa avaliar as suas necessidades psicológicas e físicas. Por meio da observação, da escuta e da sua sensibilidade, o pai e o educador pode diagnosticar o status desses comportamentos.

Segundo inúmeros especialistas do desenvolvimento infantil, o comportamento bom ou mal, é causado pelas necessidades físicas e psicossociais.
Ao invés de concentrar a atenção sobre o comportamento, os pais e educadores podem ser muito mais eficazes e eficientes se verificarem às necessidades da criança. Quando o comportamento incorreto ocorrer, é preciso diagnosticar as causas do problema. Então, a criança provavelmente vai se comportar bem.
Um exemplo prático:
Ana Carolina, com 6 anos, costumava ser na escola alegre, extrovertida, interessada, espirituosa, participativa e relacionava-se muito bem com os colegas e professores. De repente, de um hora para outra mudou drasticamente o seu comportamento. Passou a ser introvertida, deprimida e perdeu o interesse pelas atividades e por todos os seus amigos.
Causa diagnosticada pela mãe e educadora: perda da sua avó.

Paulo, 8 anos, era divertido, brincalhão, cooperativo, dedicado e atencioso. Perdeu seu espírito cooperativo e passou a ser agressivo e indiferente a tudo e a todos na escola, nada mais lhe interessava. Por qualquer razão rompia em lágrimas e não explicava as razões de sua insatisfação, frustração. Chorava horas a fio e queria ir embora da escola. Agora, quando a professora perguntava o que aconteceu com você, porque está se comportando dessa maneira? Seu aprendizado não está indo bem, não presta atenção as aulas. Nesse momento ele costumava responder, "Eu não me importo. Sem dúvida seu comportamento tinha mudado.
Causa diagnosticada pelos pais: perda de um amigo da sala.
Nos casos acima, os pais e a educadora diagnosticaram como causa da mudança de comportamento, a perda.


Quando uma criança experimenta a perda sofre muito mais que um adulto sofre quando um ente querido ou amigo morre. Em ambos os casos, as crianças ficaram com raiva, sentiram-se impotentes, tristes, frustradas, em função da perda de alguém a quem estavam emocionalmente próximos e não tiveram controle sobre a perda deles.
A raiva, a depressão, as frases como: "eu não me importo", fizeram com que seguissem de alguma forma, mas completamente infelizes. Para estas crianças, a avó e o amigo tinham um grande significado.

Nesse sentido, diagnosticar as causas do mau comportamento é muito importante, pois a partir do diagnóstico é possível intervir por meio do diálogo, da elaboração do fato ocorrido pelo educador e família, ou para o encaminhamento a um especialista nos casos mais graves.

O comportamento infantil traz mensagens que fornecem pistas importantes sobre as suas causas. Muitos pais e educadores percebem mudanças nos comportamentos de suas crianças e jovens mas não coinseguem diagnosticar, não investigam as causas, e apenas sofrem as consequencias desses comportamentos desviados com uma imensa sensação de impotência.

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